sexta-feira, 26 de abril de 2013

SEXUALIDADE INFANTIL - as fases segundo Freud


Antes de mais nada é preciso entender que não existe erotização quando se fala em sexualidade infantil. Isto esta na cabeça dos adultos, as crianças não têm esse discernimento de erotizar o prazer.
Para iniciar,  vamos falar de  Freud, a teoria estabelecida por ele que explica cinco fases distintas do desenvolvimento psicossexual da criança. São elas a fase oral, anal, fálica, a latência e a fase genital. Vamos falar um pouquinho de cada fase, mas vamos enfatizar na primeira, a fase oral.
As descobertas de Freud sobre a sexualidade infantil, provocaram grande espanto na sexualidade conservadora no final do século XIX, visto que a criança nessa época era vista como um símbolo de pureza, um ser assexuado.


Fase  Oral       





                         
Vamos abordar a primeira fase, a fase oral que vai de 0 a 18 meses. Nesta fase, a fonte de prazer da criança se concentra na boca, na língua e nos lábios. O seio da mãe é  primeiro objeto de contato afetivo que o bebê tem com a mãe e sendo esta o objeto total, ou seja,  o ato de sugar o seio proporciona a ele satisfação, além de saciar sua necessidade  que é a fome e a sede, reduzindo assim uma tensão. Neste momento em que a criança recebe o alimento, ela recebe também o afago, o toque, o carinho, a sensação de conforto e proteção. Mesmo inconscientemente a criança associa a sensação de prazer e de alívio de tensão ao processo de alimentação.  O boca torna-se então a primeira parte do corpo onde o bebê concentra sua libido. Com o crescimento do bebê, não só o seio da mãe como objeto de prazer, mas a mamadeira, a chupeta, os dedos, e é por isso também que é muito normal os bebês levarem tudo o que pegam à boca, pois é uma forma de reconhecerem   e estimularem o prazer e suas necessidades. A medida que a criança vai crescendo, outras áreas do corpo vão se desenvolvendo , deixando assim, a boca de se o foco de gratificação, mas isso não significa que os hábitos de prazer não sejam mantidos, comer, chupar, beijar e morder continuam  sendo expressçoes físicas que todos carregam por toda sua vida, e é importante dizer que algumas pessoas acabam carregando o prazer oral por toda sua vida. Em alguns casos isso pode chegar a ser patológico, que são os casos de pessoas que fumam, mordem constantemente os lábios, roem unhas, chupam o dedo, comem demasiadamente, já que estas são formas de centralizarem o prazer oral, ou seja  de aliviarem a tensão.
Voltando aos bebês, a segunda etapa da fase oral é com a chegada da dentição, chamada fase oral canibalística ou agressiva, a qual a criança morde o seio, caraterizando o surgimento da agressividade. É o momento em que o bebê começa a se deparar com frustração, angústia, dor e necessidade. Esses sentimentos são importante para seu amadurecimento. Quando a criança tende a ter sentimentos negativos, de raiva, destruição, ciúmes, insatisfação com o que têm, passam a desejar que os outros também não tenham, ainda que não as queiram para si. É comum, os pais como uma atitude de carinho, darem uma leve mordida na criança, mas estes devem ser orientados, pois estes comportamentos mesmo que as intenções sejam positivas, atitudes como estas podem ser repetidas pelas crianças com outras crianças ou até mesmo adultos e como elas ainda não tem o controle da mandíbula, tão pouco aprenderam a controlar seus impulsos e discernirem o certo do errado e podem acabar machucando o outro. Por isso, a necessidade de se colocar limites, mostrando a criança que não devemos sentir prazer em machucar alguém.

Fase Anal
Entre 2 e 3 anos de idade, vice-se a Fase Anal. Nessa hora ocorre aquilo que chamamos de  desfraldamento, quando há o contato real e visual com suas produções fisiológicas e o controle destas. É nesta etapa que a criança começa a ter noções de higiene. Esta etapa da sexualidade infantil também requer atenção, pois um desfralde complicado pode gerar insegurança e rejeição ao próprio corpo.

Fase Fálica
Dos 4 aos 6 anos, com relação a sexualidade infantil, a criança vive a fase fálica, em que ocorrem as maiores explorações e descobertas a respeito de seus órgãos sexuais, Nesse momento, eles também percebem a diferença entre o corpo feminino e masculino de maneira mais evidente, e há mais interesse no corpo do outro. A masturbação é recorrente, mas nessa fase a criança não tem consciência nem malícia no ato que se resume em um gesto gostoso, que faz bem ou serve como instrumento antiestresse. Ela alivia tensões decorrentes de alterações da rotina ou ajuda a "descarregar" as emoções. Por isso os pais não devem ridicularizar ou proibir este movimento. Dessa forma, podem bloquear o contato da criança com o próprio corpo.
Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o menino começa a apresentar uma atração pela mãe e se rivalizar com o pai, e na menina ocorre o inverso.

Fase da Latência
Esta fase tem por característica um deslocamento da libido da sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja a criança começa a gastar energia em atividades escolares e sociais. Vai dos  6 aos 11 anos aproximadamente.

Fase Genital
A partir dos 11 anos, no período da adolescencia,  é uma fase de mudanças em que o jovem tem que elaborar a perda da identidade infantil para aos poucos assumir uma identidade adulta, neste período, há uma retomada dos impulsos sexuais, o adolescente começa a buscar na sociedade um objeto de amor.

A vida, assim como a sexualidade está ligada ao prazer, desde que nascemos, necessitamos senti-lo, e uma das formas de senti-lo é se descobrindo e vivenciando o prazer que existe no próprio corpo.

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