quarta-feira, 29 de maio de 2013

Boa tarde !!

Olá, Pessoal. Compartilhei o vídeo em minha página do "facebook" e agora estou postando aqui, creio que isso ajuda a divulgá-lo mais e, assim, chamar a atenção para essa questão gravíssima. Além disso, esse vídeo foi publicado nas redes sociais é o novo fenômeno da internet. Intitulado 'O Planeta Terra é Você', o vídeo já tem mais de 88 mil curtidas e 414 mil compartilhamentos no Facebook.
De autoria de Carlos Chavira e duração de 4'38", o texto é lido em espanhol, mas que ganhou legenda em português.  autor questiona a relação do ser humano com o planeta em que vivemos.
Ass: Michele G.

domingo, 5 de maio de 2013


A RELIGIÃO ISLÂMICA
Origem
O islamismo foi fundado no ano de 622, na região da Arábia, atual Arábia Saudita. Seu fundador, o profeta Maomé, reuniu a base da fé islâmica num conjunto de versos conhecido como Corão - segundo ele, as escrituras foram reveladas a ele por Deus por intermédio do Anjo Gabriel.
Assim como as duas outras grandes religiões monoteístas, o cristianismo e do judaísmo, as raízes de Maomé estão ligadas ao profeta e patriarca Abraão. Maomé seria seu descendente. Abraão construiu a Caaba, em Meca, principal local sagrado do islamismo. Para os muçulmanos, o islamismo é a restauração da fé de Abraão.
Ainda no início da formação do Corão, Maomé e um ainda pequeno grupo de seguidores foram perseguidos por grupos rivais e deixaram a cidade de Meca rumo a Medina. A migração, conhecida como Hégira, dá início ao calendário muçulmano. Em Medina, a palavra de Deus revelada a Maomé conquistou adeptos em ritmo acelerado.
O profeta retornou a Meca anos depois, perdoou os inimigos e iniciou a consolidação da religião islâmica. Quando ele morreu, aos 63 anos, a maior parte da Arábia já era muçulmana. Um século depois, o islamismo era praticado da Espanha até a China. Na virada do segundo milênio, a religião tornou-se a mais praticada do mundo, com 1,3 bilhão de adeptos.

Profeta Maomé
Maomé nasceu em Meca, no ano de 570. Órfão de pai e mãe, foi criado pelo tio, membro da tribo dos coraixitas. De acordo com historiadores, tornou-se conhecido pela sabedoria e compreensão, tanto que servia de mediador em disputas tribais. Adepto da meditação, ele realizava um retiro quando afirmou ter recebido a primeira revelação de Deus através do anjo Gabriel. Na época, ele tinha 40 anos. As revelações prosseguiram pelos 23 anos restantes da vida do profeta.
Contrário à guerra entre tribos na Arábia, Maomé foi alvo de terroristas e escapou de várias tentativas de assassinato. Enquanto conquistava fiéis, empregava as escrituras na tentativa de pacificar sua terra - tarefa que cumpriu antes de morrer, aos 63 anos, depois de retornar a Meca. Para os muçulmanos, Maomé é uma figura digna de extrema admiração e respeito, mas não é o alvo de sua adoração. Ele foi o último dos profetas a trazer a mensagem divina, mas só Deus é adorado.

Conversão
Não é preciso ter nascido muçulmano ou ser casado com um praticante da religião. Também não é necessário estudar ou se preparar especialmente para a conversão. Uma pessoa se torna muçulmana quando proferir, em árabe e diante de uma testemunha, que "não há divindade além de Deus, e Mohammad é o Mensageiro de Deus". O processo de conversão extremamente simples é apontado como um dos motivos para a rápida expansão do islamismo pelo mundo. A jornada para a prática completa da fé, contudo, é muito mais complexa. Nessa tarefa, outros muçulmanos devem ajudar no ensinamento.

Crenças
A base da fé islâmica é o cumprimento dos desejos de Deus, que é único e incomparável. A própria palavra Islã quer dizer "rendição", ou "submissão". Assim, o seguidor da religião islâmica deve obedecer às escrituras, orar e glorificar apenas seu Deus e ser fiel à mensagem que Maomé trouxe.
Os muçulmanos enxergam nas escrituras divulgadas por Maomé a continuação de uma grande linhagem de profecias, trazidas por figuras que fazem parte dos livros sagrados dos judeus e cristãos - como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Davi e Jesus. Os cristãos e judeus, aliás, são chamados no Corão Povos das Escrituras, com garantia de respeito e tolerância.
O seguidor do islamismo tem como algumas de suas obrigações "promover o bem e reprimir o mal", evitar a usúria e o jogo e não consumir o álcool e a carne de porco. Um dos principais desafios do muçulmano é obter êxito na jihad - que, ao contrário do que muitos acreditam no Ocidente, não significa exatamente "guerra santa", mas sim o esforço e a luta do muçulmano para agir corretamente e cumprir o caminho indicado por Deus.
Os muçulmanos acreditam no dia do juízo final e na vida após a morte, quando o praticante da religião recebe sua recompensa ou sua punição pelo que fez na Terra. Acreditam também na unidade da "nação" do Islã - uma crença simbolizada pela gigantesca peregrinação anual a Meca, que reune muçulmanos do mundo todo, lado a lado.

Cinco pilares
Os cinco pilares do islamismo formam a estrutura de vida do seguidor da religião. São eles:
 Pronunciar a declaração de fé intitulada "chahada": "Não há outra divindade além de Deus e Mohammad é seu Mensageiro".
 Realizar as cinco orações obrigatórias durante cada dia, no ritual chamado "salat". As orações servem como uma ligação direta entre o muçulmano e Deus. Como não há autoridades hierárquicas, como padres ou pastores, um membro da comunidade com grande conhecimento do Corão dirige as orações. Os versos são recitados em árabe, e as súplicas pessoas são feitas no idioma de escolha do muçulmano. As orações são feitas no amanhecer, ao meio-dia, no meio da tarde, no cair da noite e à noite. Não é obrigatório orar na mesquita - o ritual pode ser cumprido em qualquer lugar.
 Fazer o que puder para ajudar quem precisa, no chamado "zakat". A caridade é uma obrigação do muçulmano, mas deve ser voluntária e, de preferência, em segredo. O muçulmano deve doar uma parte de sua riqueza anualmente, uma forma de mostrar que a prosperidade não é da pessoa - a riqueza é originária de Deus e retorna para Deus.
 Jejuar durante o mês sagrado do Ramadã, todos os anos. Nesse período, todos os muçulmanos devem permanecer em jejum do amanhecer ao anoitecer, abstendo-se também de bebida e sexo. As exceções são os doentes, idosos, mulheres grávidas ou pessoas com algum tipo de incapacidade física - eles podem fazer o jejum em outra época do ano ou alimentar uma pessoa necessitada para cada dia que o jejum foi quebrado. O muçulmano que cumpre o jejum se purifica ao vivenciar a experiência de quem passa fome. No fim do Ramadã, o muçulmano celebra o Eid-al-Fith, uma das duas principais festas do calendário islâmico.
 Realizar a peregrinação a Meca, o "haj". Todos os muçulmanos com saúde e condição financeira favorável deve realizar a peregrinação pelo menos uma vez na vida. Todos os anos, cerca de 2 milhões de pessoas de todas as partes do mundo se reúnem em Meca, sempre com vestimentas simples - para eliminar as diferenças de classe e cultura. No fim da peregrinação, há o festival de Eid-Al-Adha, com orações e troca de presentes - a segunda festa mais importante.

O Corão
O livro sagrado dos muçulmanos reúne todas as revelações de Deus feitas ao profeta Maomé através do anjo Gabriel. No Corão estão instruções para a crença e a conduta do seguidor da religião - não fala apenas de fé, mas também de aspectos sociais e políticos. Dividido em 114 "suratas" (capítuolos), com vários versículos cada (o número varia de 3 a 286 versículos), o Corão foi escrito em árabe formal e, com o tempo, tornou-se de difícil entendimento.
O complemento para sua leitura é a Sunna, coletânea de registros de discursos do profeta Maomé, geralmente em linguagem mais clara e fluente. Cada uma dessas mensagens tiradas dos discursos é conhecida como "hadith". Como os relatos foram de pessoas diferentes, há muitas divergências entre os registros de ensinamentos do profeta: cada um contava a mensagem da forma que o interessava. Além de contradições, as "hadith" provocaram também uma expansão dos conceitos do Islã, ao incorporar tradições e doutrinas sobre sociedade e justiça - aspecto importante na formação da cultura islâmica em geral, que não ficou restrita à religião.

Sharia
É a lei religiosa do islamismo. Como o muçulmano não vê distinção entre o aspecto religioso e o resto da sua conduta pessoal, a lei islâmica não trata só de rituais e crenças, mas de todos os aspectos da vida cotidiana. Apesar de ter passado por um detalhado processo de formatação, a lei islâmica ainda é aplicada de formas variadas ao redor do mundo - os países adotam a sharia têm interpretações mais ou menos rigorosas dela.
Na Arábia Saudita, por exemplo, vigora uma das mais conservadoras versões da lei islâmica. O Afeganistão da época da milícia Talibã teve a mais dura e radical aplicação da sharia nos tempos modernos - proibia música e outras expressões culturais e esportivas, restringia gravemente todos os direitos das mulheres e ordenava punições bárbaras. A sharia, porém, é adotada formalmente numa minoria de países com grandes populações islâmicas.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 26 de abril de 2013

SEXUALIDADE INFANTIL - as fases segundo Freud


Antes de mais nada é preciso entender que não existe erotização quando se fala em sexualidade infantil. Isto esta na cabeça dos adultos, as crianças não têm esse discernimento de erotizar o prazer.
Para iniciar,  vamos falar de  Freud, a teoria estabelecida por ele que explica cinco fases distintas do desenvolvimento psicossexual da criança. São elas a fase oral, anal, fálica, a latência e a fase genital. Vamos falar um pouquinho de cada fase, mas vamos enfatizar na primeira, a fase oral.
As descobertas de Freud sobre a sexualidade infantil, provocaram grande espanto na sexualidade conservadora no final do século XIX, visto que a criança nessa época era vista como um símbolo de pureza, um ser assexuado.


Fase  Oral       





                         
Vamos abordar a primeira fase, a fase oral que vai de 0 a 18 meses. Nesta fase, a fonte de prazer da criança se concentra na boca, na língua e nos lábios. O seio da mãe é  primeiro objeto de contato afetivo que o bebê tem com a mãe e sendo esta o objeto total, ou seja,  o ato de sugar o seio proporciona a ele satisfação, além de saciar sua necessidade  que é a fome e a sede, reduzindo assim uma tensão. Neste momento em que a criança recebe o alimento, ela recebe também o afago, o toque, o carinho, a sensação de conforto e proteção. Mesmo inconscientemente a criança associa a sensação de prazer e de alívio de tensão ao processo de alimentação.  O boca torna-se então a primeira parte do corpo onde o bebê concentra sua libido. Com o crescimento do bebê, não só o seio da mãe como objeto de prazer, mas a mamadeira, a chupeta, os dedos, e é por isso também que é muito normal os bebês levarem tudo o que pegam à boca, pois é uma forma de reconhecerem   e estimularem o prazer e suas necessidades. A medida que a criança vai crescendo, outras áreas do corpo vão se desenvolvendo , deixando assim, a boca de se o foco de gratificação, mas isso não significa que os hábitos de prazer não sejam mantidos, comer, chupar, beijar e morder continuam  sendo expressçoes físicas que todos carregam por toda sua vida, e é importante dizer que algumas pessoas acabam carregando o prazer oral por toda sua vida. Em alguns casos isso pode chegar a ser patológico, que são os casos de pessoas que fumam, mordem constantemente os lábios, roem unhas, chupam o dedo, comem demasiadamente, já que estas são formas de centralizarem o prazer oral, ou seja  de aliviarem a tensão.
Voltando aos bebês, a segunda etapa da fase oral é com a chegada da dentição, chamada fase oral canibalística ou agressiva, a qual a criança morde o seio, caraterizando o surgimento da agressividade. É o momento em que o bebê começa a se deparar com frustração, angústia, dor e necessidade. Esses sentimentos são importante para seu amadurecimento. Quando a criança tende a ter sentimentos negativos, de raiva, destruição, ciúmes, insatisfação com o que têm, passam a desejar que os outros também não tenham, ainda que não as queiram para si. É comum, os pais como uma atitude de carinho, darem uma leve mordida na criança, mas estes devem ser orientados, pois estes comportamentos mesmo que as intenções sejam positivas, atitudes como estas podem ser repetidas pelas crianças com outras crianças ou até mesmo adultos e como elas ainda não tem o controle da mandíbula, tão pouco aprenderam a controlar seus impulsos e discernirem o certo do errado e podem acabar machucando o outro. Por isso, a necessidade de se colocar limites, mostrando a criança que não devemos sentir prazer em machucar alguém.

Fase Anal
Entre 2 e 3 anos de idade, vice-se a Fase Anal. Nessa hora ocorre aquilo que chamamos de  desfraldamento, quando há o contato real e visual com suas produções fisiológicas e o controle destas. É nesta etapa que a criança começa a ter noções de higiene. Esta etapa da sexualidade infantil também requer atenção, pois um desfralde complicado pode gerar insegurança e rejeição ao próprio corpo.

Fase Fálica
Dos 4 aos 6 anos, com relação a sexualidade infantil, a criança vive a fase fálica, em que ocorrem as maiores explorações e descobertas a respeito de seus órgãos sexuais, Nesse momento, eles também percebem a diferença entre o corpo feminino e masculino de maneira mais evidente, e há mais interesse no corpo do outro. A masturbação é recorrente, mas nessa fase a criança não tem consciência nem malícia no ato que se resume em um gesto gostoso, que faz bem ou serve como instrumento antiestresse. Ela alivia tensões decorrentes de alterações da rotina ou ajuda a "descarregar" as emoções. Por isso os pais não devem ridicularizar ou proibir este movimento. Dessa forma, podem bloquear o contato da criança com o próprio corpo.
Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o menino começa a apresentar uma atração pela mãe e se rivalizar com o pai, e na menina ocorre o inverso.

Fase da Latência
Esta fase tem por característica um deslocamento da libido da sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja a criança começa a gastar energia em atividades escolares e sociais. Vai dos  6 aos 11 anos aproximadamente.

Fase Genital
A partir dos 11 anos, no período da adolescencia,  é uma fase de mudanças em que o jovem tem que elaborar a perda da identidade infantil para aos poucos assumir uma identidade adulta, neste período, há uma retomada dos impulsos sexuais, o adolescente começa a buscar na sociedade um objeto de amor.

A vida, assim como a sexualidade está ligada ao prazer, desde que nascemos, necessitamos senti-lo, e uma das formas de senti-lo é se descobrindo e vivenciando o prazer que existe no próprio corpo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

RESENHA CRÍTICA


A FELICIDADE NÃO TEM COR


Esta obra infantil, relata a história de um menino negro, o Fael. Sofre preconceito na escola ganha apelidos racista que o incomoda bastante, se sentia chateado. Encontrou segurança e conforto na sala de brinquedos da escola onde tornou-se grande amigo de Maria Mariô uma bonequinha negra cheia de opinião que vivia no fundo da caixa, até o Fael pega-la para conversar, Mariô sempre dava conselhos a Fael, e esquecia que ele não poderia ouvi-la. 
Fael se sentia desconfortável por conta dos apelidos que ganhou na escola. Em uma das numerosas conversas com Maria Mariô, conta sua admiração por Cid Bandalheira o locutor da sua rádio favorita, logo Fael decidi procurá-lo para pegar o endereço do Michael Jackson pois queria ficar branco. Se Michael conseguiu Fael também conseguiria e ninguém implicaria com ele.
A admiração de Fael cresce muito mais ao encontrar finalmente o famoso Cid Bandalheira, um choque ao vê-lo pois Cid era um cadeirante. Neste encontro lhe ensinou muitas coisas, a alegria da vida dele em poder fazer tudo mesmo em cadeira de rodas, e que Fael não precisava ficar branco pois independente da cor ou condição física, sempre teria um engraçadinho que colocaria apelidos, e que o preconceito é constante.
Interessante ideia do autor, usar uma criança e um cadeirante, lendo o livro o leitor pode interagir com a história e muitas vezes assimilando as situações do dia a dia.




sábado, 13 de abril de 2013

POESIA
Pessoal, esta poesia está na aula de DPP, eu gostei muito, quero compartilhar! Bjs


“Escolhas de uma Vida”
(Martha Medeiros)

"A certa altura do filme Crimes e Pecados,
O Personagem interpretado por Woody Allen diz:
"Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta
e de lá nunca mais saiu.

Compartilho do ceticismo de Allen:
A gente é o que a gente escolhe ser,
o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que,
ao fazer uma opção,
estamos descartando outra,
E de opção em opção vamos
Tecendo essa teia que se convencionou chamar
"minha vida".

Não é tarefa fácil.
No momento em que se escolhe ser médico,
Se está abrindo mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de atriz,
será quase impossível conciliar com a arquitetura.
Se é a psicologia que se almeja,
Pouco tempo sobrará para fazer o curso de odontologia.
Não se pode ter tudo.

No amor, a mesma coisa:
Namora-se um, outro, e mais outro,
Num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é preciso decidir
Entre passar o resto da vida
Sem compromisso formal com alguém,
Apenas vivenciando amores
E deixando-os ir embora quando se findam,
Ou casar e através do casamento
Fundar uma microempresa,
com direito a casa própria,
orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras:
Viver sem laços e viver com laços.
Escolha.

Morar em Londres ou numa chácara?
Ter filhos ou não?
Posar nua ou ralar atrás de um balcão?
Correr de kart ou entrar para um convento?
Fumar e beber até cair?
Todas as alternativas são válidas,

Mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos
Ser uma pessoa diferente cada 6 meses.
Ser casados de segunda a sexta
E solteiros nos finais de semana,
Ter filhos quando se está bem disposto
E não tê-los quando se está cansado.
Viver de poesia!

Por isso é tão importante o autoconhecimento.
Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros,
Estagiar em várias tribos,
Prestar atenção ao que acontece em volta
E não cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas,
Elas têm que refletir o que a gente é.
Lógico que se deve reavaliar decisões
e trocar de caminho: ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota
Venham sempre para acrescentar
Ao caminho anteriormente percorrido.
A estrada é longa e o tempo é curto.
         Quanto menos a gente errar, melhor.

Martha Medeiros é jornalista e escritora. Colunista do jornal “Zero Hora” de Porto Alegre, e de “O Globo”, do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Identidade Sexual



O que se entende, é que independente de qualquer  coisa,  somos sempre induzido, somos incentivados a sermos iguais mas não temos incentivo de identidade cultural, somos considerados um número social.

Hoje com o governo que temos, a escola é obrigatória para ser “tecnicamente” inseridos na sociedade. O que ocorre com o tema da sexualidade, e o que se remete em todos os temas discutíveis do multiculturalismo e o que todos sabem que existe, mas como personalidade temos que “omitir”, caso contrário enfrentar a sociedade pode trazer graves consequências se não for forte o suficiente para enfrentar qualquer tipo de preconceito.
Bom, como este tema já está sendo muito discutido e simbolicamente, sendo tratado abertamente, ainda existe muito preconceito, identidade sexual é um  direito de todos.
Como a educação é obrigação e da família da escola, e a escola simplesmente apenas nos insere socialmente. Este tema em ênfase deve-se ser tratado abertamente dentro de casa, uma adequação adequada um cidadão consciente livre de preconceito.

SEXUALIDADE EM SALA DE AULA: Discurso, desejo e   teoria queer*

Discursos sobre sexualidades: alunos, professores e políticas públicas

Ainda que o tema da sexualidade seja cada vez mais debatido fora da escola, tal questão ainda é em geral um tabu para a sala de aula, pelo menos nos discursos legitimados pelos professores. Estes frequentemente colocam  a sexualidade no reino de sua vida privada, anulando suas percepções e conseqüências sociopolíticas e culturais ao compreendê-la como uma problemática individual. O corpo na escola foi apagado para que passasse despercebidoou para que fosse ignorado uma vez que é a mente ou a cognição que deve nos preocupar, como se corpo e mente  existissem isoladamente  um do outro ou como se os significados, constitutivos do que somos, aprendemos e sabemos, existissem separadamente de nossos desejos. Não surpreende que os livros  didáticos e propostas curriculares  tradicionalmente operem nessa lógica.
O mesmo pode ser dito em relação  a matizes de gênero e raça. Fomos educados  a pensar sobre os alunos sem considerar sua raça, seu gênero e seu desejo: um ser sem corpo, e portanto em abstração, que só existe na sala de aula, nos discursos  em que a voz central é a do professor.
Mas é claro que todo esse processo de esquecer o corpo, naturaliza  ideais corpóreos de raça como a branquitude, de gênero como a masculinidade e de sexualidade como o heterossexualismo.
Essa ocultação do corpo não quer dizer que a escola não produza identidades corporificadas. A escola é uma das agencias  principais de reprodução e organização das identidades sociais, de forma generalizada, sexualizada e racializada. Isso tem possibilitado a naturalização dos ideais corpóreos já mencionados,  embora esta naturalização esteja em sentido contrário da vida social fora da escola, que cada vez mais acentua a diferença,  como podemos ver nos discursos globalizados que chegam pela mídia e internet trazendo a diferença para dentro de casa.
Talvez, como nunca antes os discursos escolares estão agora sendo construídos em diálogo constante como questões relativas  à sexualidade. Esse tema aparece na mídia com frequencia, muitas vezes ajudando a sedimentar visões normalizadoras e homogeneizadoras da sexualidade.
Alguns sociólogos ( por exemplo, GIDDENS, BECK & LASH, 1995) têm chamado esse processo de destradicionalização da vida social, nos quais discursos que eram compreendidos como  constitutivos da vida privada avançaram para a vida pública, ou deixaram  sua privacidade adentrarem a sala de visitas, pelo menos nas telas de TV, que leva-nos a um processo de reflexão sobre quem somos e a possibilidade de  construção de nossas vidas em outras bases. Isso não quer dizer que estamos nos melhores dos mundos e que não haja reações adversas dos conservadores.  Assim devido a tais processos de destradicionalização para os quais contribui a centralização da mídia no mundo contemporâneo, é natural que os significados  sobre a sexualidade sejam, cada vez mais constitutivos dos discursos que constrõem o universo escolar.
Por causa da natureza de seu trabalho os professores estão na linha de frente dos embates sociais e culturais e não podem esperar que as mudanças sejam efetivadas em políticas públicas para implementá-las  em suas práticas. Precisam estar adiante. Necessitam se familiarizar continuamente com outros discursos e  teorizações que podem apresentar alternativas de compreensão de vida social, principamente pela responsabilidade da posição social que ocupam. A escola é uma agencia importante na constituição de quem somos e seus discursos podem legitimar outros sentidos em que podemos ser.

Uma visão lógica monocultural e da lógica multi/intercultural
A lógica monocultural se associa a um modo de explicação da vida social voltada para a mesmidade. Tal lógica se baseia em um processo de homogeneização e simplificação de quem somos ou ainda de busca de uma essência de que somos feitos. Por outro lado a lógica multicultural  opera na direção da heterogeneização e da diferença. Ressalta nossa construção social, nas práticas discursivas. Somos alimentados por uma multiplicidade de significados que guiam nossas práticas.
A modernidade portanto, pode ser compreendida por um processo de modelar as pessoas de forma restrita e arbitrária (JENKS, 2003). O século XX,  porém, começa mais enfaticamente a problematizar essa lógica monocultural, notadamente por meios dos movimentos sociais feministas, GLBTs e negros, cujos discursos colocam em questão a visão do mundo que os apagava.
Esse pensamento monocultural se apoiou no Iluminismo, em uma justificativa universalista de que existe uma razão acima das práticas sociais e de nossos posicionamentos que poderia levar-nos a valores e conhecimentos objetivos e neutros e ao encontro do progresso da felicidade.
Pelo ponto de vista multi/intercultural, baseia-se na compreensão de que somos seres do discurso e de que como tais somos constituídos pelos significados diversificados (somos seres da diferença e não do significado único) e principalmente mostram como esses significados coexistem dentro de nós. Portanto não se trata de entender tal lógica simplesmente como multicultural, mas de nos compreendermos como atravessados por múltiplas culturas, bem organizadas e fechadas. Assim, em vez de pensarmos em essência identitária ou homogeneidade identitária, deveu ter em mente sociabilidades continuamente em construção, fragmentadas, contraditórias e heterogêneas.
Especificamente em relação à sexualidade, nossas experiências cotidianas cada vez mais nos familiarizam com histórias de vida que questionam percursos claros e únicos de expressão do desejo sexual. Somos seres que podem atravessar as fronteiras discursivo-culturais da sexualidade e se familiarizar com outros discursos sobre quem podemos ser sexualmente.

Visão de queer sobre as sexualidades

Uma das teorizações que parecem mais iluminadoras pelo seu caráter problematizador e questionador de qualquer sentido de verdade e normatividade em relação à sexualidade, e que tentam explicar os atravessamentos de fronteiras discurso-culturais  da sexualidade, têm sido chamadas de teorias queer.
Abordagens que tentam explicar as sexualidades como arena de recusa à naturalização e à normalidade tanto no que diz respeito à heteronormatividade compulsória – talvez uma das forças mais cruciais na construção da vida social, especificamente, a obrigação de ser heterosexual – como também ao ideal de uma identidade homossexual homogênea, estável como destino sexual, dos quais não se pode escapar.
A abordagem queer que desestabiliza a posição privilegiada da heteronormatividade , à qual é dada o direito  de tolerar outras sexualidades, objetiva não contemplar qualquer sentido de normalidade para a sexualidade, inclusive da heterossexualidade, pois tal lógica questiona sentidos de homogeneidade, naturalidade e verdade sobre a sexualidade e nos faz refletir sobre o que normalmente não é pensado: a posição de prestígio, historicamente bem instalada, na heterossexualidade.  Essa teorização dialoga com incertezas e com cruzamentos de fronteiras, em vez de teorizar as políticas de identidade, teoriza as pós-identidades.
A posição queer acarreta o entendimento da sexualidade como dinâmica e cambiante, o que implica em compreender que os objetos de desejo podem mudar durante a vida ou em práticas discursivas diferentes : nossas performances  de sexualidade podem se mutáveis. Essa percepção envolve a concepção da sexualidade como algo que nunca está pronto ou que está sempre se fazendo  eque pode ser construída e re-construída discursivamente.

Potenciais da teorização queer para a educação

A teorização queer pode iluminar o trabalho na educação ao oferecer uma alternativa de compreensão dos desafios desestabilizadores das práticas sociais que vivemos.
Os alunos tem cada vez mais acessos a dicursos sobre sexualidade e os professores podem contemplar visões alternativas para os discursos da mídia e de outras instiuições que homogeneizam e  e essencializam a vida social, tanto melhor para as práticas educacionais.
Isso não quer dizer que se almeje impor a verdade sobre a sexualidade, mas apresentar um discurso alternativo que pode ampliar os repertórios de sentidos dos alunos e professores na compreensão dos desejos. No entanto, uma das características de teorização apresentada não é a defesa das chamadas minoria gays e lésbicas, mas sim é ir além e recusar qualquer essência para a sexualidade, o que pode tornar o termo sexualidade menos amendrontador uma vez que a teria queer não se qualifica por uma atitude defensiva em relação à  sexualidade de um ou de outro.

Há ainda uma motivação ética para compartilhar tal teorização, uma vez que implica ganhos claros dessa natureza. Ao descentralizar  os desejos de qualquer tipo, compreendê-los como estando sempre em construção, desestabilizar a posição de heterossexualidade como matriz, despatologizar a homossexualidade, contemplar a natureza discursiva e mutável das sexualidades, e ao não defender nenhum desejo sexual, há nessa visão a possibilidade de re-descrição, denaturalização da vida social.
Que a escola seja um lugar de re-criar e politizar a vida social, de compreender a necessidade de não separar a cpognição e corpo, de se livrar de discursos e pensamentos aprisionadores, de se questionar sempre e de se preocupar com a justiça e ética social.



segunda-feira, 1 de abril de 2013


FELICIDADE NÃO TEM COR
 (Livro)






O livro começa com a narração de um personagem onipresente chamada Maria Mariô, uma
boneca negra. Ela conta que sempre ouvia o desabafo de um aluno chamado Rafael, mas que
era conhecido como Fael. Ele desabafava muito com Maria Mariô, ele descarregava sobre ela
todas as suas mazelas por ser negro e receber apelidos por isso.

Tudo começou à partir de uma redação que a professora de Fael, chamada Evangelina, passou
pra ele fazer, cujo o tema era, ¨O quê vou ser quando crescer¨. Ao apresentar cada aluno a sua
redação, Maria Mariô ficou atenta e escutou no momento que Fael citou a sua redação.Na
redação Fael dizia que queria ser branco, que se ele fosse branco todos iriam gostar dele e
que ele disse ao pai que Michael Jackson tinha a fórmula de como ficar branco. Ao ouvir essa
redação, a boneca se sentiu comovida, pois ela também era negra. As semelhança eram iguais,
nenhuma criança escolhia ela para brincar, assim como Fael ela se sentia excluída. Tem uma
parte do livro que descreve perfeitamente a exclusão da Maria Mariô. Quando ela foi levada
para a escola e uma professora se surpreendeu ao receber uma boneca preta. A boneca ficou
indignada e disse – Alto lá! Preta, não! ¨Negrinha¨vá lá, mas preta...ha, preta não!

Fael tinha muito baixa estima por ser negro e os apelidos que recebia de seus colegas de classe
contribuíam mais para deixar sua alto-estima pra baixo, a boneca sabendo desse desanimo de
Fael, ela dizia para ele deixar pra lá, não se preocupar, mas a boneca também sabia que Fael
não a ouvia.

Em um certo momento do livro Maria Mariô assistia um jogo de futebol de Fael, no qual ,
em certo momento Fael errou um chute e o menino mais chato e folgado da escola, o tal de
Romãozinho inconformado com aquele chute, chamou Fael de pé torto e nego burro. Esse
episódio desencadeou uma briga entre Fael e Romãozinho. Foi a partir dai que Fael decidiu
colocar em prática seu plano de ficar branco como Michael Jackson.

Em uma noite, o menino fugiu de casa com a boneca na mochila e foi atrás do locutor de rádio
que sabia do endereço de Michael Jackson, chegando no estúdio de rádio, ele encontrou o
radialista chamado Cid Bandalheira em uma cadeira de rodas, o menino ficou surpreendido
com aquela situação, pois todas as vezes que ouvia o Locutor no rádio, ele escutava
sapateados e pensou que ao chegar no rádio iria encontrar um maluco dançando as músicas
que tocava.

Fael pediu o endereço do Michael Jackson para o radialista, o mesmo ficou surprendido ao
saber do motivo desse pedido. Cid Bandalheira fitou Fael e disse que assim como ele, Cid
também recebia apelidos na escola e que não importaria a cor que tivesse, Fael sempre
receberia apelidos. Portanto, Cid convenceu Fael a não mudar de cor, e por causa desse
encontro com o Locutor famoso, Fael fez novos amigos e todos queriam brincar com Maria
Mariô .

(Resumo)